Processo criminal da Kiss

Funcionários da boate teriam brincado com extintor dias antes do incêndio

Lizie Antonello

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Durante depoimento no processo criminal da Kiss, no Fórum de Santa Maria, nesta quinta-feira, o ex-segurança de uma empresa terceirizada pela boate Kiss, Azarias Vidal do Nascimento, afirmou que funcionários da boate teriam brincado com extintor durante uma festa interna, dias antes do incêndio.

Conforme Nascimento, uma funcionária estava de aniversário na quinta-feira anterior à noite da tragédia e, para comemorar, um colega disparou dois jatos de um extintor contra ela, em tom de brincadeira. Logo em seguida, o funcionário teria colocado o equipamento novamente no lugar. 

O extintor usado pelo funcionário seria o mesmo que ficava perto do palco da boate e que falhou no momento do incêndio. O ex-segurança ainda contou que chegou a perguntar ao colega se era correto devolver o extintor ao lugar. Em resposta, o funcionário teria dito que estaria tudo bem, já que o equipamento seria trocado na semana seguinte.

Após o depoimento de Nascimento, foi ouvido Daniel Rodrigues, gerente da Kaboom (loja onde foram comprados os artefatos pirotécnicos usados pela banda Gurizada Fandangueira na noite da tragédia).

Ele confirmou que nos dia 25 de janeiro, Luciano Bonilha Leão, produtor da banda, comprou duas caixas de sputink para uso externo. Conforme Rodrigues, foram oferecidos artefatos específicos para uso interno e que produtor teria dito que avaliaria com o restante da banda.  

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